A IMPLANTAÇÃO DO ORÇAMENTO BASE ZERO NOS CORREIOS NO
ESPÍRITO SANTO SOB A ÓTICA DOS TRABALHADORES DE SUAS ÁREAS
FINALÍSTICAS

Nome: HAROLDO FERRAZ MEIRA JÚNIOR
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 29/07/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ROGÉRIO ZANON DA SILVEIRA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JANYLUCE REZENDE GAMA Examinador Interno
ROBSON ZUCCOLOTTO Examinador Externo
ROGÉRIO ZANON DA SILVEIRA Orientador
TACIANA DE LEMOS DIAS Examinador Interno

Resumo: Nos exercícios financeiros de 2013 a 2016, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos acumulou um prejuízo líquido de R$ 3,9 bilhões sinalizando que mudanças imperativas deveriam ocorrer no exercício seguinte. Dentre as muitas ações adotadas pela entidade, elegeu-se o Orçamento Base Zero (OBZ) como instrumento de orçamentação e de controle das despesas anuais. Este estudo buscou responder qual é a percepção da área finalística dos Correios no Espírito Santo, sobre a implantação do orçamento base zero, descrevendo essas percepções quanto aos aspectos de sua comunicação, envolvimento das equipes e visão de otimização dos processos, além dos benefícios e limitações do OBZ. Em termos teóricos a pesquisa se ampara na Teoria Geral de Sistemas, sendo o OBZ um gerador de interação com as diversas áreas da entidade. Quanto aos métodos e procedimentos, foi utilizada uma abordagem qualitativa, descritiva, com aplicação de 250 questionários a empregados dos Correios das áreas finalísticas e administrativas para captação de suas visões sobre o OBZ, com nível de confiança de 95% e margem de erro de 6%. Para verificar a visão da empresa, foi utilizado levantamento documental do processo de implantação. Já a visão de outros autores foi captada a partir de uma revisão sistemática de literatura. Para melhor legitimar os achados da pesquisa, que em síntese buscou identificar a percepção sobre a implantação do OBZ a partir de lentes diferentes, a triangulação de dados e informações, auxiliou na assimilação das várias realidades percebidas. Os resultados indicaram: falhas na comunicação para implantação do OBZ nos Correios, onde 82% dos empregados das áreas finalísticas afirmaram não terem ouvido falar sobre o OBZ ou não terem ideia do que seja; falta de envolvimento das áreas finalísticas, mesmo percebendo que há uma predisposição de 78% dos empregados dessa área em participar de projetos que versem sobre a melhoria de processos e redução de despesas em suas unidades de trabalho. A construção dos pacotes de decisão do OBZ a partir da aglutinação de despesas similares em categorias inibiu a avaliação das despesas a partir de suas atividades e tarefas, prejudicando consequentemente a formulação de atividades alternativas e sua priorização quando os recursos se apresentassem escassos. Os principais benefícios percebidos foram a eficiência, transparência e redução de despesas promovidas pelo OBZ, sendo a complexidade e morosidade na implantação as limitações elencadas.

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